Uma apaixonada pelos versos emanados da sabedoria popular de mestres como Patativa do Assaré. Assim é Creusa Caires Meira, cordelista nata, lá das bandas de Dom Basílio, pequena cidade baiana. Mesmo em Salvador, onde fixou morada e trabalho como bancária, nunca deixou de fazer suas viagens pela cultura popular. Em amor à poesia, Creusa continuou participando de Semanas Culturais em Livramento, município vizinho à sua terra natal, onde passou boa parte da infância e juventude. Foi lá que, entre escritos antigos em forma de diários e ABCs em sextilhas, do seu pai bandolinista Né Meira, a poeta se despertou para a literatura de cordel. Em tempos de internet, Creusa continuou sua peleja participando de festival virtual de versos e concurso de cordel, organizados pelo cantador mineiro Alexandre Ribeiro. Na sua folia encantada, ela se protege apostando “na sorte traçada pelo destino”, como revela em verso afiado. Na vida real, sabe que destino não é bem uma coisa que se espera, mas que se busca! Creusa é assim.
Claudia Lessa