segunda-feira, 23 de novembro de 2020

DE VOLTA AO ACONCHEGO

RACISMO NÃO EXISTE

No Dia da Consciência
Vimos uma cena triste!
E o racismo não existe,
Quem disse essa indecência
Minimiza a violência
Cometida à exaustão,
Não respeita o cidadão
Cruelmente assassinado,
Tendo o seu sangue jorrado
Pelo racismo, no chão.

O racismo não existe...
Por que tanto preconceito?
Por que negar o direito
À vida e tudo que existe?
Por que tanta gente insiste
Em se sentir diferente,
De quem é negro e sente
A dor de se ver banido,
Tratado como bandido,
Como se nem fosse gente?

Racismo não existe não,
É isso que estão falando,
Mas continuam matando
Sem pudor, sem compaixão!
Dizem que é tudo ladrão
E o perseguem noite e dia,
No mercado, alguém vigia
E agride sem piedade!
Pelos becos da cidade,
É a morte que silencia.

O chefão da máfia fala,
Pra que tanto mi mi mi?
Racismo não existe aqui.
E muita gente se cala,
Enquanto o chicote, a bala
Vão matando nossa gente,
Açoitam na nossa frente,
Dão chutes, socos, pancada
E ninguém vai fazer nada,
Segue a vida, indiferente.

Vida negra importa, sim!
Eu quero gritar bem forte:
Já chega de tanta morte,
Isso tem que ter um fim.
Depende também de mim,
De toda a sociedade;
Justiça é igualdade
De direitos sociais,
Todos nós somos iguais,
Viva a diversidade!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

DOIS ANOS DE SAUDADE

DOIS ANOS DE SAUDADE

Decantar sua história eu queria
Mas me faltam palavras para tanto
Escutar uma música em cada canto
Como aquelas das noites de magia
É sentir renascer a alegria
Das Jornadas que o tempo eternizou
Ao partir, o seu sonho aqui ficou
Na lembrança estará sempre presente
Quem viveu ao seu lado ainda sente
A saudade de um tempo que passou

Nos caminhos que você percorreu
Nascem flores e frutos em abundância
Desde o tempo distante da infância
Até o último instante em que viveu
Conseguiu vislumbrar o apogeu
Da missão para a qual se entregou
Por seus feitos, a luta o consagrou
Em homenagens de modo comovente
Quem viveu ao seu lado ainda sente
A saudade de um tempo que passou

Pelo tempo que esteve ao nosso lado
Tenha, pois, nossa eterna gratidão
Seu viver foi a mais bela canção
Seu retrato num álbum está guardado
Hoje eu busco e não tenho encontrado
O porquê que esse ciclo se fechou
Nessa noite no céu logo brilhou
Uma estrela de luz incandescente
Quem viveu ao seu lado ainda sente
A saudade de um tempo que passou




quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

GALOPANDO NO TEMPO

Eu junto pedaços dos elos partidos
No tempo que passa em ritmo veloz
Sentindo no peito, o aperto dos nós
Que se desenrolam a seguir, divididos
De um lado a saudade de tempos vividos
Do outro a certeza de logo encontrar
Um porto seguro e poder ancorar
Com o peso dos anos nos ombros, levando
Nos olhos, a luz do luar prateando
As ondas que quebram na beira do mar


Creusa Meira

segunda-feira, 1 de abril de 2013




Lanço o olhar ao céu da tarde,
Desenhando em pensamento,
Figuras, nas nuvens cinzas,
Que se movem com o vento;
São imagens conhecidas
Na lembrança, construídas
Neste quadro que eu invento.

terça-feira, 5 de março de 2013


MULHERES NA LUTA
EM VERSOS DE CORDEL

Creusa Meira

As mulheres brasileiras
Trazem em sua história,
Passagens inesquecíveis
De luta intensa e notória,
Como a conquista do voto
Num tempo pouco remoto,
Em seu momento de glória.

Esta e outras vitórias,
Exigiram sacrifícios
De mulheres aguerridas
Na luta, desde o início,
Conquistando o respeito,
Garantindo o direito
Às leis e seus benefícios.

Uma batalha difícil
Até a atualidade,
Mulheres ainda buscam
O lugar na sociedade;
A sua força emana
Da luta cotidiana
Por espaço e dignidade.

Contra a desigualdade,
Contra a subordinação
Das mulheres pelos homens,
Pela valorização
De sua capacidade
E individualidade,
Sem sofrer a distorção.

A conscientização
Dos direitos da Mulher,
É de extrema importância
E o seu tratado requer
As medidas que protejam
A aplicação e estejam
Onde a Mulher estiver.


Violência contra a Mulher
Causa indignação,
Com um índice alarmante
Ganhando repercussão,
Vemos que é necessário
A mudança do cenário,
Que envergonha a nação.

A lei que dá proteção
Nos casos de violência
Doméstica contra a mulher,
Alterou sua regência;
Dando mais um passo à frente,
Numa luta permanente,
Em caráter de urgência.

Apesar da existência
Da Lei Maria da Penha,
O machismo prevalece
E a violência desenha
Um cenário de horror,
Crimes em nome do amor
Não há lei que os detenha?

Mudemos, pois, esta senha,
Ser Mulher é ser capaz
De construir sua história
Num ambiente de paz,
Quando é preciso lutar
Lutamos sem vacilar
E sem olhar para trás.

8 de março nos traz
Lembranças tão dolorosas!
Vamos plantar as sementes
E cultivar muitas rosas,
Para enfeitar nossas vidas
Tão cansadas, tão sofridas;
Somos joias preciosas.


Março/2013

terça-feira, 4 de outubro de 2011

GREVE DOS BANCÁRIOS

A greve nacional
No segmento bancário,
Por melhores condições
De trabalho e de salário,
Vai quebrar a intransigência
Do banqueiro mercenário.

Todo ano é um calvário
Para exigir os direitos,
Os bancários dando duro,
Os banqueiros satisfeitos
E os lucros obtidos
Para eles, são perfeitos.

Exigimos mais respeito
Para com a categoria,
Que com muito sacrifício,
Enfrenta seu dia a dia;
Enriquecendo o banqueiro
Que não lhe dá garantia.

Só queremos melhoria
Econômica, social,
A reposição das perdas
Com um aumento real,
Participação nos lucros
E fim do assédio moral.

Campanha salarial
É um movimento decente
Não só para o bancário,
Também para o cliente,
Lutando por causas justas
E um melhor ambiente.

A luta se faz urgente
No quesito segurança,
Que os bancos tomem medidas
Gerando mais confiança
Na hora de fazer saques
E depósitos em poupança.

Queremos a esperança
De ter estabilidade
De um emprego decente
Que nos dê tranquilidade,
Melhor participação
Nessa lucratividade.

Que toda sociedade
Nos dê apoio e atenção,
Nós só cruzamos os braços
Por não termos opção;
O banqueiro é queixo duro,
Só quer lucro, eis a questão!

Creusa Meira